O CARÁTER CRÍTICO
Segundo
Marcondes, “um dos aspectos mais fundamentais do saber que se constitui nas
primeiras escolas de pensamento é o seu caráter crítico. Isto é, as teorias ai
formuladas não o eram de forma dogmática”, ou seja, “não eram verdades
absolutas ou definitivas, eram possíveis outras propostas, as quais podiam ser
discutidas, argumentadas e questionadas”. O diálogo prevalecia. “As ideias de
um filósofo estavam sempre abertas à discussão. Exemplo disto está na própria
Escola de Mileto, onde Anaximandro e Anaxímenes não aceitaram a ideia proposta
por Tales, sendo a água como arque, e postularam o “apeíron” e o “ar”,
respectivamente.” Desta forma, “tinha como exigência que as novas propostas,
novas ideias, tinham que ser justificadas, explicadas e fundamentadas por seus
autores” (2010, p. 27).
Escolas Filosóficas
ESCOLA
JÔNICA
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Escola
de Mileto
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A Escola Jônica é acrescida de mais dois
filósofos, que juntamente com os filósofos da Escola de Mileto a constituiem.
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Tales
(fl. c. 585 a.C.)
Anaximandro
(c. 610-547 a.C.)
Anaxímenes
(c. 585-528 a.C.)
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Xenófanes de Colofon (c. 580-480 a.C.)
Heráclito de Éfeso (c. 500 a.C.
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“Tales
de Mileto, é desde a Antiguidade visto como o precursor da visão de mundo e do
estilo de pensamento que entendemos como Filosofia. São características desta
forma de pensar: Primeiro o seu modo de explicar a realidade natural a partir
dela mesma, ou seja, a “physis” (natureza), sem referência ao sobrenatural e ao
mistério, formulando a arque como sendo a água. Segundo, a crítica, onde outros
pontos de vista podem ser apreciados e avaliados”, conforme Marcondes. (2010,
p. 31)
Por:
João José da Silva – J.J.
Professor
de Filosofia
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