Filosofia
Filosofia
pode ser traduzida como amor ou amizade pelo saber; também como pensamento
racional ou modo de vida ou de trabalho pelo senso comum. Teve início por volta
do séc. VI a.C.; Tales de Mileto é considerado o primeiro filósofo, seus
discípulos Anaximandro e Anaxímenes compõem a Escola de Mileto, postulavam como
arché a água, o apeíron (indefinido) e o ar como princípios, respectivamente;
Heráclito de Éfeso e Xenófanes de Colofon, compuseram com os primeiros, a
Escola Jônica, e postularam o fogo e a terra como arché, respectivamente, estas
escolas tinham como referência a “physis”, ou natureza como fonte de estudos e
pesquisas.
Tivemos
também no período pré-socrático a Escola Italiana, com uma visão mais abstrata,
menos voltada para a natureza, o que prenuncia o surgimento da lógica e da
metafísica. São representantes desta escola, Pitágoras de Samos que postulou
como arque o número, Filolau de Crotona, e a escola pitagórica. Houve neste
período também a Escola Eleática composta por Parmênides e Zenão de Eléia, e
também Melisso de Samos. Pitágoras criou a “tetractys”, que é a soma dos 4
primeiros algarismos, formando a perfeição representada por um triângulo.
Na
segunda fase do pensamento pré-socrático, a qual também é conhecida por fase
pluralista, inclui os seguintes filósofos: Anaxágoras de Clazômenas, o qual
postulou as homeomerias
(multiplicidade de coisas) como arché e Empédocles de Agrigento que defendeu a
“teoria dos 4 elementos”, Terra, água, ar e fogo. A Escola Atomista é
representada por Leucípo e Demócrito de Abdera, os quais difundiram a ideia do
ÁTOMO. Com estas escolas e pensadores, ocorrem então debates sobre suas
teorias, e o primeiro embate dialético neste sentido foi entre as escolas que
postulavam o movimento, ou mobilistas e os monitas, que pregavam que o
movimento era aparente, podendo ser traduzido nas teses de Heráclito e
Parmênides, para o primeiro, o movimento é fundamental para a existência, para
o segundo o movimento é aparente.
No
período Clássico tivemos três grandes filósofos que mudam a forma de fazer
filosofia, Sócrates é considerado o iniciador deste período, e postula que é a
partir do homem que a realidade pode ser entendida, tem outros paradigmas que
vão determinar a existência, com bases na razão, na moral e na ética. Neste
período aparecem também os sofistas, aos quais Sócrates, Platão e Aristóteles
combateram violentamente, os sofistas mais famosos são: Górgias que disse, “o
logos é o grande senhor” e Protágoras que postulou que, “o homem é a medida de
todas as coisas; das que são como são, e das que não são, como não são”. Platão
defendeu a dualidade, corpo e alma, o mundo das ideias; já Aristóteles dizia
que a realidade estava aqui presente, corpo e alma formando uma só unidade;
neste período floresce em Atenas a democracia.
Ocorrem
neste período as conquistas de Alexandre da Macedônia, o qual vai promover um
intercâmbio cultural, o qual ficou conhecido como “helenismo”, que é a fusão de
cultas dos povos conquistados, e do qual somos herdeiros, pois todo o ocidente
será influenciado pelo helenismo, e principalmente com o advento do
Cristianismo. Não podemos deixar de citar outras correntes filosóficas, como o
Estoicismo que é voltado para uma questão ética e moral que influenciará o
Cristianismo; o epicurismo que é uma corrente que visa a vida em sua realidade,
para ser bem vivida e o ceticismo que nega uma verdade pura e acabada, ou seja,
não podemos conhecer a verdade.
2º Ano
E
por fim, chegamos à Filosofia Medieval, a qual tem em Stº Agostinho seu maior
expoente o qual traz o platonismo para dentro da Igreja, seguido pensadores
como Stº Anselmo, iniciando o período da Escolástica; Stº Tomás de Aquino, o
qual traz o aristotelismo para dentro da Igreja. Outro representante da
Filosofia Medieval é Guilherme de Ockham, muito importante, pois desenvolveu
estudos no campo da lógica, da metafísica e da teoria política.
João José da Silva - Professor
Bel. Filosofia - UFJF
João José da Silva - Professor
Bel. Filosofia - UFJF
Nenhum comentário:
Postar um comentário